Quadrienal de Praga

O evento que acontece na capital da República Tcheca desde 1967 é a maior no mundo dedicado às áreas de design da performance, cenografia e arquitetura teatral.

Quadrienal de Cenografia:
O que é?

Uma apresentação do Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro com Rosane Muniz, Doutora e Mestre em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Arte da USP, com a tese Um panorama do traje teatral brasileiro na Quadrienal de Praga (1967-2015).

A história

É o maior evento dedicado à arte de cenografia no mundo.

Veja como tudo começou, saiba como a QP se tornou em um evento de importância internacional.

1959

Começando

.A ideia da Quadrienal surgiu após o sucesso da exposição montada por František Tröster na Bienal de Artes de São Paulo, em 1959. A mostra da evolução da cenografia na então Tchecoslováquia no período de 1914 a 1959 recebeu a medalha de ouro da Bienal. A delegação tcheca voltou a ser bem recebida nas três edições seguintes, levando à iniciativa de um evento fixo para estimular e divulgar o trabalho de artistas ligados ao teatro contemporâneo, como arquitetos, cenógrafos, figurinistas, iluminadores, sonoplastas, designers e artistas visuais. Ao longo das décadas, a Quadrienal recebeu obras de artistas como Salvador Dali, Josef Svoboda, Oscar Niemeyer, Tadeusz Kantor, Guy-Claude François, Ming Cho Lee e Ralph Koltai. Também foi palco de intervenções de grandes nomes do teatro contemporâneo, entre eles Robert Wilson, Heiner Goebbels, Anna Viebrock, Julia Taymor, Renzo Piano, Jaume Plensa e a companhia La Fura dels Baus.

1967

A primeira edição 

A PQ surgiu em 1967 após cenógrafos tchecos, como Vichodyl e Svoboda, começarem a ganhar vários prêmios na Bienal das Artes Plásticas do Teatro, no Brasil.
Na primeira edição, a França recebe a Triga de Ouro

2023

A última edição

Em sua última edição em 2023 (15ª Quadrienal de Praga) um grupo de artistas brasileiros foi laureado com o prêmio de Melhor Trabalho em Equipe, na Mostra dos Países e Regiões, pela exposição "Encruzilhadas: acreditamos nas esquinas".   

"Encruzilhadas..." apresenta, por meio de uma instalação interativa, sete esculturas sonoras definidas como "oferendas sonoras". O projeto se inspira na ideia e na imagem da "encruzilhada", algo descrito, no catálogo da exposição, como "a boca do mundo" ou "o saber praticado nas margens por inúmeros seres que fazem tecnologias e poéticas de espantar a escassez abrindo caminhos".

— As encruzilhadas são um espaço importante nas cosmogonias de nossas religiões afro-brasileiras, e nos ensinam que esse é um lugar de invenção de mundo, de instauração de possibilidades ainda não imaginadas — ressalta Maria Marighella, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), órgão que investiu R$ 1,5 milhão para a participação do Brasil no festival. — Cada obra foi pensada como uma espécie de oferenda, não aos deuses e sim às pessoas. São oferendas sonoras que nos convidam a fabular outros mundos possíveis.

Esta não é a primeira vez que o Brasil vence a Quadrienal de Praga. Em 1995 e 2011, artistas brasileiros conquistaram a Triga de Ouro, premiação máxima do evento. Em outras três ocasiões, representantes nacionais foram agraciados com medalhas de ouro.

A exposição "Encruzilhadas..." foi criada pelos seguintes artistas: Álvaro RosaCosta (RS); Anderson Leite (PE); Anne Louise Sanfoneira (RR); Augusto Krebs (MT); Ayrton Pessoa Bob (CE); Barulhista (MG); Bianca Turner (SP); Diego Vattos (PA); Diogo Vanelli (DF); Dori Sant’Ana (ES); Écio Rogério da Cunha (AC); Eliberto Barroncas (AM); Panamby (MA); Érico Ferry (PI); Eugênio Lima (SP); Hedra Rockenbach (SC); Heitor Oliveira (TO); Jo Mistinguett (PR); Jones Barsou (AP); Kaline Barroso (RR); KevinMelo (PB); Luciano Salvador Bahia (BA); Marcelo Marques (GO); Marcio Marciano (PB); Miran Abs (AL); Reginaldo Borges (MS); Rinaldo Santos (RO); Toni Gregório (RN); Zahy Tentehar (RJ); Zuzu (SE).